Maurício Zágari é membro da Igreja Cristã Nova Vida, em
Copacabana (Rio de Janeiro-RJ), jornalista e teólogo e foi professor durante
nove anos de disciplinas como Teologia Prática, Ética cristã, História da
Igreja e Filosofia para bacharelados em Teologia.
De talento reconhecido com o Prêmio Areté de Autor Revelação
e Melhor livro de Ficção/Romance - com o livro "O Enigma da Bíblia de Gutemberg", é autor de outros livros cristãos. Maurício
transita pelo mundo dos livros há algum tempo, seja como escrito, tradutor de
obras sobre teologia, ghostwriter de livros sobre jornalismo e editor de livros
cristãos.
Seu gosto pela investigação surgiu da trajetória como
repórter e colunista em veículos de comunicação cristãos (como Cristianismo
hoje, Enfoque Gospel, entre outros) e seculares (Jornal do Brasil, O Globo e
Globosat).
[Ficção evangélica]: Sabendo que um bom escritor é
primeiro um ótimo leitor, como surgiu em você o gosto pela leitura?
[Maurício
Zágari]: Devo isso aos meus pais e às escolas que frequentei quando
criança e adolescente. Havia feiras de livros na minha primeira escola e
meus pais compravam toneladas de obras, que eu li avidamente desde a
mais tenra infância. Curioso é que guardei todos e hoje minha filha de 1
anos já está lendo os mesmos livros que devorei quando pequeno. Depois,
com 11 anos, fui estudar num colégio que tinha uma biblioteca enorme e
eu lia um livro atrás do outro.
[FE]: E como surgiu o escritor Maurício Zágari?
[MZ]:
Considero escrever um dom concedido por Deus. Sempre escrevi. Nas
escola, as redações rendiam boas notas. Quando me formei em jornalismo,
fui trabalhar em jornais e os textos eram considerados de qualidade. Na
área literária desde criança escrevia poesias e contos. Alguns chegaram a
ser publicados em coletâneas seculares. Mas o primeiro livro de verdade
na verdade surgiu não unindo o dom com uma boa ideia.
[FE]: Como surgiu a ideia do livro “O Enígma da Bíblia
Gutemberg”? Aliás, quem surgiu primeiro, a ideia do livro ou da série Geração
Ação?[MZ]: “O
Enígma da Bíblia
Gutemberg” surgiu diante da percepção de que os jovens cristãos gostam
de ler ficção como qualquer jovem não cristão. Mas enquanto as editoras
seculares investem pesado nesse tipo de literatura, no mercado
evangélico esse tipo de livro simplesmente não existia. Então tive a
ideia de escrever livros que na verdade representavam um gênero inédito
no Brasil: histórias de ficção, com muita investigação, adrenalina,
romance e suspense, que, ao mesmo tempo que entretivessem o leitor, lhes
passassem ensinamentos bíblicos baseados não num mundo ideal, mas nos
desafios que eles de fato enfrentam no dia a dia.
Então o livro foi muito bem pensado: foi escrito para ser lido em duas horas (para estimular jovens que não tivessem o hábito da leitura a ler), com linguagem coloquial, um herói brasileiro que não fosse um super-herói (ou seja, ele peca como qualquer jovem, mas aprende com seus erros), de uma denominação indefinida (para que jovens de qualquer denominação se identificassem com ele) e que passassem valores essenciais ao dia a dia das pessoas que estão nessa faixa etária. Então o livro fala de temas como namoro, mentiras, respeito aos pais, amizade, a importância de conhecer bem a Bíblia e de ter uma vida de oração e o que significou o sacrifício de Jesus na Cruz. Tudo isso dentro de um contexto de muita adrenalina correndo solta.
Então o livro foi muito bem pensado: foi escrito para ser lido em duas horas (para estimular jovens que não tivessem o hábito da leitura a ler), com linguagem coloquial, um herói brasileiro que não fosse um super-herói (ou seja, ele peca como qualquer jovem, mas aprende com seus erros), de uma denominação indefinida (para que jovens de qualquer denominação se identificassem com ele) e que passassem valores essenciais ao dia a dia das pessoas que estão nessa faixa etária. Então o livro fala de temas como namoro, mentiras, respeito aos pais, amizade, a importância de conhecer bem a Bíblia e de ter uma vida de oração e o que significou o sacrifício de Jesus na Cruz. Tudo isso dentro de um contexto de muita adrenalina correndo solta.
[FE]: Há alguma semelhança entre o personagem Daniel , o
Crânio, e você?
[MZ]:
Alguma. Ele, por exemplo, quer ser jornalista, que é minha profissão.
Ama as coisas de Deus, como eu. Gosta de ler a Bíblia, orar e ler muito.
E erra bastante, como eu também erro. Ou seja: ele é tão humano como eu
e você. Todo personagem que crio para meus livros acaba sendo inspirado
por alguém que conheço, de um modo ou de outro, então estão bem ligados
à vida real.
[FE]: Nessa série (apesar de eu ter lido apenas o
primeiro livro, por enquanto) há várias passagens com mensagens e valores
bíblicos voltados aos adolescentes e jovens. Por que essa preocupação?
[MZ]: Sem isso essa série não
teria razão de existir. Pois meu objetivo nunca foi escrever meras
histórias de ficção. Meu objetivo primordial é ajudar no discipulado dos
jovens e adolescentes. E as histórias de investigação e aventura ajudam
a prender a atenção e, por que não, a divertir os leitores.
Tanto que são muitas as igrejas, muitos pastores e muitos líderes que os estão adotando para trabalhar com seus jovens. E cada vez mais igrejas têm feito isso. Algumas estimulam a leitura dos livros da série e propõem debates sobre os temas abordados. Outras usam como livro de trabalho em retiros. Outras pedem aos seus jovens que leiam e me convidam para palestrar, com sessões de perguntas e respostas. E eu soube até de duas igrejas cujos jovens estão usando “O Enígma da Bíblia Gutemberg” e os outros livros da série para evangelizar colegas na escola, primos e outros conhecidos. Em vez de dar presentes quaisquer de aniversário, Natal ou amigo oculto os estão presenteando com esses livros. Os resultados e os testemunhos que têm chegado a mim pessoalmente ou via Internet (meu twitter é @MauricioZagari e meu blog www.apenas1.wordpress.com) são maravilhosos e não foram poucos os jovens que disseram ter mudado suas atitudes após ler os livros. Já chorei muito lendo alguns testemunhos.
Tanto que são muitas as igrejas, muitos pastores e muitos líderes que os estão adotando para trabalhar com seus jovens. E cada vez mais igrejas têm feito isso. Algumas estimulam a leitura dos livros da série e propõem debates sobre os temas abordados. Outras usam como livro de trabalho em retiros. Outras pedem aos seus jovens que leiam e me convidam para palestrar, com sessões de perguntas e respostas. E eu soube até de duas igrejas cujos jovens estão usando “O Enígma da Bíblia Gutemberg” e os outros livros da série para evangelizar colegas na escola, primos e outros conhecidos. Em vez de dar presentes quaisquer de aniversário, Natal ou amigo oculto os estão presenteando com esses livros. Os resultados e os testemunhos que têm chegado a mim pessoalmente ou via Internet (meu twitter é @MauricioZagari e meu blog www.apenas1.wordpress.com) são maravilhosos e não foram poucos os jovens que disseram ter mudado suas atitudes após ler os livros. Já chorei muito lendo alguns testemunhos.
[FE]: Você acha que hoje a ficção evangélica está sendo
tratada de forma diferente pelas editoras cristãs, vamos dizer... está tendo o
seu espaço, uma vez que esse gênero não era tão valorizada anteriormente?
[MZ]:Não e continua não sendo valorizado. Antes de a editora que publicou “O
Enígma da Bíblia
Gutemberg”, a Anno Domini, ser criada, eu submeti o livro a todas as
principais editoras cristãs do país. Todas recusaram. E a resposta
(quando vinha) era sempre a mesma: "Os jovens evangélicos brasileiros
não leem livros de ficção". A Anno Domini está de parabéns, pois ousou e
investiu num gênero inédito e pioneiro. Provou com isso que todas as
outras editoras estavam erradas. Tanto que o livro rendeu dois prêmios e
a primeira edição esgotou rápido. Estamos já na segunda edição.
[FE]: Como foi para você ser um dos finalistas e ganhador
do Prêmio Areté como "Autor Revelação do Ano" e "Melhor Livro de Ficção/Romance"?
[MZ]: O prêmio de Autor Revelação
do Ano foi uma total surpresa para mim. Afinal, estava concorrendo com
400 autores muito bons. Não me envaideceu, mas ajudou no sentido que
outros livros meus serão publicados. Agora em março, por exemplo, será
lançado um livro sobre espiritualidade, de não-ficção, chamado "A
Verdadeira Vitória do Cristão", que fala para cristãos em geral sobre o
triunfalismo que assola a igreja brasileira e que estava engavetado
porque não sabiam se venderia bem devido ao fato de eu ser um autor
desconhecido. Com o prêmio, a editora resolveu publicar o livro. Também o
4o livro da série Geração Ação, iniciada com “O
Enígma da Bíblia
Gutemberg”, será lançado, em julho. E já tenho um outro livro pronto,
escrito, mas estou guardando segredo sobre ele. Só estou esperando
passar o Carnaval para apresentar à editora. Vocês estão sabendo em
primeira mão.
Nesse sentido, as premiações ajudam a abrir portas para que as editoras vejam que há uma certa qualidade no que você escreve.
E tem um aspecto engraçado nessa minha premiação, porque na categoria "Melhor Livro de Ficção/Romance" eu ganhei de mim mesmo! Pois entre os três finalistas estavam “O Enígma da Bíblia Gutemberg”, o livro "À beira do Apocalipse" (do americano Tim LaHaye, autor da famosa série "Deixados para trás") e o meu segundo livro da série Geração Ação, "7 Enigmas e um Tesouro". Então eu fui finalista com dois livros, isto é, concorri contra mim (risos). E o mais curioso é que o "7 Enigmas e um Tesouro" é o meu preferido, pois já foi escrito numa fase da minha vida de maior maturidade espiritual. Mas perdeu para “O Enígma da Bíblia Gutemberg”.
Nesse sentido, as premiações ajudam a abrir portas para que as editoras vejam que há uma certa qualidade no que você escreve.
E tem um aspecto engraçado nessa minha premiação, porque na categoria "Melhor Livro de Ficção/Romance" eu ganhei de mim mesmo! Pois entre os três finalistas estavam “O Enígma da Bíblia Gutemberg”, o livro "À beira do Apocalipse" (do americano Tim LaHaye, autor da famosa série "Deixados para trás") e o meu segundo livro da série Geração Ação, "7 Enigmas e um Tesouro". Então eu fui finalista com dois livros, isto é, concorri contra mim (risos). E o mais curioso é que o "7 Enigmas e um Tesouro" é o meu preferido, pois já foi escrito numa fase da minha vida de maior maturidade espiritual. Mas perdeu para “O Enígma da Bíblia Gutemberg”.
8- [FE]: Quais os seus autores de ficção preferidos? Você se
inspira em algum escritor em especial?
[MZ]:Acredito que escrevo como
resultado de toda uma gestalt de autores que li ao longo da minha vida.
Mas sem dúvida alguma meu autor preferido é o colombiano Gabriel Garcia
Marquez, autor de livros magistrais, como "Cem anos de solidão" e "O
amor nos tempos do cólera", que são obras primas..
[FE]: Há algum livro de ficção que marcou a sua vida?
Qual e por quê.
[MZ]: Livros de ficção bons são os
que te puxam da sua vida real para dentro de suas páginas por meio da
imaginação. E os que mais fizeram isso comigo foram Gabriel Garcia
Marquez, Sir Arthur Conan Doyle e Agatha Christie.
[MZ]:
A editora Anno Domini está investindo na série Geração Ação, que têm o
personagem Daniel como o protagonista de todos. Depois de O Enígma da
Bíblia
Gutemberg” foi lançado "7 Enigmas e um Tesouro" e, ano passado, "O
Mistério de Cruz das Almas". Além de "A Verdadeira Vitória do Cristão",
que é um livro teológico, em julho sai "O Ritual", que será o quarto
livro da série. Já está escrito. Desta vez Daniel arranja uma namorada e
se envolve com um grupo de satanistas que a usam para cooptá-lo para
abandonar Jesus e se unir a ele. Quatro pessoas já leram os originais e
todas disseram que esse é o melhor dos quatro.
Algo que vale a pena ressaltar é que "O Ritual "foi escrito de modo diferente dos três anteriores. Nos três primeiros, eu orava, pedia a Deus que pusesse no meu coração os assuntos que deveria tratar e a partir daí construía a história. Mas para esse quarto o que o Senhor me direcionou a fazer foi perguntar a pastores o que eu deveria abordar em termos espirituais na história. Fiz então uma pesquisa com 21 pastores de diversos estados do Brasil sobre quais eram os principais desafios que os jovens de suas igrejas enfrentavam em suas vidas espirituais. Foi com base nas respostas deles que construí a narrativa, o que aproxima muito mais este livro da realidade do jovem cristão brasileiro.
Então, ao mesmo tempo que é o livro cuja história é a mais sobrenatural de todos os quatro, os temas tratados são os mais realistas até agora, inclusive em áreas cabeludas, como sexualidade. Espero que "O Ritual" venha a abençoar muitas vidas.
Algo que vale a pena ressaltar é que "O Ritual "foi escrito de modo diferente dos três anteriores. Nos três primeiros, eu orava, pedia a Deus que pusesse no meu coração os assuntos que deveria tratar e a partir daí construía a história. Mas para esse quarto o que o Senhor me direcionou a fazer foi perguntar a pastores o que eu deveria abordar em termos espirituais na história. Fiz então uma pesquisa com 21 pastores de diversos estados do Brasil sobre quais eram os principais desafios que os jovens de suas igrejas enfrentavam em suas vidas espirituais. Foi com base nas respostas deles que construí a narrativa, o que aproxima muito mais este livro da realidade do jovem cristão brasileiro.
Então, ao mesmo tempo que é o livro cuja história é a mais sobrenatural de todos os quatro, os temas tratados são os mais realistas até agora, inclusive em áreas cabeludas, como sexualidade. Espero que "O Ritual" venha a abençoar muitas vidas.
[FE]: Deixe, por favor, uma mensagem aos seus leitores.
[MZ]: Na porta da biblioteca da
escola onde estudei havia um cartaz que dizia: "Quem não lê mal fala,
mal ouve, mal vê". Eu acredito muito nisso e tenho comprovado pelo
contato com as pessoas que conheço. Portanto leiam! Leiam muito! E não
leiam qualquer coisa, como essa literatura fraca e muitas vezes herege
que é anunciada em programas de televisão. Leiam livros bons, de boas
editoras. Eu recomendo em especial os livros das editoras Anno Domini,
Fiel, Vida Nova e Shedd. São garantia de leitura de qualidade e
biblicamente correta.
[MZ]: Eu que agradeço, querido, espero ter sido útil. Se você precisar de fotos das capas dos 3 livros da série GA ou de "A Verdadeira Vitória do Cristão" eu tenho para mandar em alta resolução. Só "O Ritual" é que ainda não tem capa. No que precisar, conte comigo, inclusive para ajudar a divulgar seu site. A proposta é maravilhosa, parabéns!
1 comentários:
Oi, meu nome é Pascoal, passei aqui só para dizer que o Maurício tem sido uma bênção de Deus para minha vida. Os textos que escreve no blog Apenas têm me ensinado, me levado a refletir e a mudar vário conceitos errados que carrego há um tempo.
Que Deus o abençoe e ao editor deste blog também.
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